Victor Ballogh, 22/11/23
Você já ouviu falar em narrativismo, simulacionismo e gamismo? Neste artigo vamos explorar o significado desses termos.
Os termos vistos na introdução acima derivam da Teoria GNS (Gamism, Narrativism e Simulationism). Criada por Ron Edwards, essa teoria visa compreender não só o comportamento dos jogadores como também o estilo dos jogos de RPG de mesa. A teoria GNS traça três tipos de perfis de jogadores: Gamista, Narrativista e Simulacionista. Confira os detalhes abaixo.
O jogador gamista inclina-se a superar desafios, vencer obstáculos, acumular pontos, derrotar inimigos, evoluir o nível de poder do personagem e melhorar a matemática da ficha. Resumindo, o foco acha-se na mecânica de jogo e na estratégia.
O jogador narrativista tende a enfatizar a narrativa, desenvolver a história da aventura, interpretar seu papel, e evidenciar as peculiaridades e o temperamento do personagem. Em poucas palavras, o foco encontra-se no enredo e na interpretação de papéis.
O jogador simulacionista propende a explorar um universo de maneira metódica, testar a consistência do mundo e analisar a lógica interna do cenário. Resumidamente, o foco está na simulação e na veracidade do mundo.
Vale ressaltar que a teoria GNS é imparcial, pois acredita que nenhum estilo é melhor que o outro. Além disso, crê que os jogadores e mestres têm preferências mistas, ou seja, o jogador pode manifestar os três perfis ao mesmo tempo, porém em diferentes proporções.
Naturalmente alguns jogos e sistemas atraem determinados perfis de jogador. Por exemplo, geralmente o D&D atrai jogadores gamistas, o 3DX conquista jogadores narrativistas e Call of Cthulhu 7ed angaria jogadores simulacionistas.
Em conclusão, a teoria GNS tem um papel muito importante no universo do RPG de mesa, uma vez que ajuda os jogadores a identificarem seus perfis, e auxilia os desenvolvedores a direcionarem seus jogos e sistemas.